quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Ontem gostei do seu sorriso, hoje gosto mais do seu olhar.

Quando este ano começava, um infinito de possibilidades estava se abrindo novamente. 

Lugares. Lugares que nos fazem voltar a ser criança e olhar para o céu, curiosos para saber o que pode existir lá em cima. Olhar para o chão a procura de pistas de algo desconhecido. Novos prédios, novos horizontes, novos carros, novos lugares e tudo novo.

Pessoas. Pessoas que podem mudar nossa história de vida. Ampliar nossos horizontes e nos fazer ver o mesmo mundo, mas perceber nele coisas jamais vistas. 

Sério, você vai ler algo meu agora? Será que a única forma de eu abrir meu coração é escrevendo para você. Você está ao meu lado aqui agora... aquela ruiva linda de voz forte e cara de mal. 
Sim é ela!

Durante algum tempo você pertencia à dimensão dos sonhos do meu universo. Alguém que não poderia ser real. Mas hoje você está aqui e de alguma forma sinto que você confia em mim. Te belisquei agora... para ver se você era real mesmo... você está concentrada... o que será que está escrevendo? Talvez você seja como eu, tem tanta coisa dentro de sí, tanta coisa que precisa ser dita. Tanta coisa para por fora. E com palavras escrita, nossa alma se liberta das correntes que aprisionam nossas ideias e as coisas simplesmente fluem. 

Um novo ano está surgindo e Coisinha Ruiva, é uma honra estar dividindo estes momentos finais de 2017 com você.  Ter conhecido um pouco da sua história, ter participado um pouco da sua vida. Você me fez repensar meus valores, refletir sobre minhas motivações. Ver a força com que encara a vida. Enfrenta as dificuldades, praticamente sozinha me fez lembrar da força interna que um dia foi a única coisa que me empurrou para frente.

Saber que olha o mundo com carinho, mesmo este tendo te negado tantas vezes que você precisou. Saber da sua dedicação no trabalho que muitas vezes não retribuiu seu esforço. Saber da sua dedicação com a família, com os estudos... com a vida. E nem o joelho, nem o SUS, nem os erros das pessoas próximas, as dificuldades financeiras, os desafios do vestibular, de se mudar para outro estado... nada disse foi suficiente para que saísse da sua boca uma só palavra de auto piedade ou de ódio. O que vi você dizendo foi:

- Eu não tenho medo!

Hoje o que vejo é aquele enigmático brilho dos seus olhos! E posso ter um pequeno
vislumbre de toda a esperança que ele representa.

29/12/2017

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