sábado, 18 de dezembro de 2010

Reencontro com a vida


A vida parece uma história. Viver intensamente, fazer coisas diferentes, conhecer pessoas e enfrentar situações novas, tudo isto é viver. Vivendo muitas vezes não temos tempo de pensar. Mas pensar também é viver.

Muitas coisas boas acontecem na vida. Outras nem tão boas. Sendo sincero comigo mesmo, tendo coerência interna com minha razão e meus sentimentos: não acredito em contos de fada, mas meu coração sente que algo especial é a vida.

Talvez seja algum fruto da evolução, crer em sonhos. Mas apesar de eu ter certeza que as religiões são tão verdades quanto a teoria do Geocentrismo. Ainda assim estou com uma vontade de pregar o amor incondicional do Universo, para com as pessoas. Agradecer a oportunidade de estar vivo. Agradecer por viver na época e lugar onde eu vivo.

O mundo real é tão verdadeiro quanto o mundo espiritual, é difícil explicar o que está verdade quer dizer, mas o fato é que os sonhos tem a mesmo valor de um momento, ou se existem diferenças elas são tão insignificantes em termos absolutos, que se tornam desprezíveis.

Assim, obrigado mundo louco. Obrigado pelos amigos maravilhosos. Obrigado pelos desafios que tornam minha vida emocionante. Obrigado pela minha família que eu amo. Obrigado pela minha filha que é o maior motivo de eu querer ser uma pessoa melhor a cada novo dia.

Obrigado pelas grandes oportunidades que se abrem na minha frente. Obrigado por eu ousar ser feliz, em um mundo de competição e egoísmo. Obrigado por eu ousar falar de amor, onde as pessoas falam de fé e recompensas eternas. Obrigado por eu ousar vencer mesmo quando tudo e todos dizem que eu já fracassei.

Enquanto existir uma rosa no mundo, meu quintal vai ser um jardim!!!!!




domingo, 19 de setembro de 2010

Quem somos....

...

Não sou os átomos que compõe os tecidos do meu corpo. Menos ainda sou a minha condição dentro da sociedade. Não sou apenas o nome, a idade, a língua ou a familia que tenho. Sou tudo isto e muito mais. 

Sou tudo isso e ao mesmo tempo não sou. Sou as lembranças que tenho. Sou as paixões que vivi. Sou as coisas que aprendi. Sou as expectativas e sonhos que aspiro para o futuro. Sou tanto o fruto das minhas escolhas como o acaso de circunstâncias aleatórias da vida. 

Sou o sopro de vida que um dia se reconheceu no espelho. Um filho de pais tão antigos quanto as montanhas mais altas. Irmão de seres tão diversos que hoje compartilham comigo um mesmo momento e lugar no espaço. Sou os passos lentos de uma tartaruga a caminhar por um deserto imenso, que não pode lembra-se de onde veio e tão pouco sabe para onde está indo.

Ontem eu chorei. Chorei porque acreditava tanto no amor, lutava por ele como se fosse a unica experiencia verdadeira na vida. Colhi rosas para oferecer ao mundo e voltei com as mãos em sangue, cortadas pelos espinhos da minha oferta. Voltei com lágrimas nos olhos, eu estava decepcionado com tudo que vi. 

Para alento da minha fé, encontrei ignorância. Para as minhas aspirações, encontrei indiferença. No encalço dos meus sonhos, encontrei a própria cara metade do egoísmo, e ela me abraçou. Para meu senso de justiça, encontrei a motivação por trás dos mais distintos atos, e quem sou eu para julgá-los.

Chorei, mas isto foi ontem. 

Hoje quando acordei eu vi o Sol. Ele brilhava como se não se importasse com nada daquilo que me fez chorar e foi em sua indiferença que eu encontrei forças. Olho para baixo e percebo que ontem eu navegava pelos mares distantes da minha alma e voava pelos céus do mundo dos espíritos. Mas, hoje, estou com meus pés presos ao chão e a mesma força que me mantém firme aqui, movimenta meu mundo em busca desta luz.  Esta luz que me cega e me aquece. Não preciso saber de mais nada. E necessito tanto entender a razão de tudo isto. 

Voei por sobre as nuvens e vi o horizonte se encerrar em si próprio. Soube naquele momento que o fim está sempre fora do alcance de nossas mãos. O mágico da vida são estes momentos onde parece que tudo para. Estes momentos que nos fazem sonhar. Nos fazem sorrir. Nos fazem amar novamente. E que ficam guardamos dentro de nós para todo o sempre. São como retratos, com movimentos, cheiros e sensações. O significado de todo o inexplicável.  

Tão grande viagem deu-se, somente para buscar um encontro comigo mesmo. Pois cada ser humano é uma ilha isolada de tudo e de todos. Achamos sempre que a felicidade está nas pontes que tentamos criar, para que liguemo-nos uns aos outro, e assim procuramos o próximo como crianças desesperadas a procura de um pai. Mas a verdadeira felicidade está em sentar em baixo da nossa própria sombra, sob nossos próprios pensamentos, e reconhecermos a nossa ilha como nosso lugar sagrado. E abraçar, nem que seja só por um instante, nosso criança e dizer: 

- Fique tranqüila, vai ficar tudo bem. Eu estou aqui com você agora.

Para refletir....

Eu entendi:

Que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;


Que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Eu entendi:


Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da minha vida;
Que por mais que você corte o pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos de nosso caminho.

Eu entendi:


Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência;
Que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei;
Que eu preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou de ser controlado por eles.

Eu entendi:


Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem;
Que perdoar exige muita prática; condenar é mais fácil!
Que há muita gente que gosta de mim, mas que não conseguem expressar isso.

Eu entendi:


Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar a minha vida;
Que eu posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel;
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convencê-la disso.

Eu entendi:


Que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso;
Que não é bastante ser perdoado pelo outros, eu preciso me perdoar primeiro;
Que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu entendi:


Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas minhas escolhas que eu fiz quando adulto;
Que numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver;
Que, quando duas pessoas discutem não significa que elas se odeiem. E quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Eu entendi:


Que por mais eu queira proteger meus filhos, eles vão se machucar e eu também serei machucado, isso faz parte da vida;
Que minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de gente que nunca vi antes;
Que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Eu entendi:


Que a palavra amor perde o sentido quando usada sem critério;
Que certas pessoas vão embora de qualquer maneira, quer você queira ou não;
Que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir pessoas, e saber lutar pelas coisas que acredita.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Significado do Mito - Jose Camphell

Relato de Josep Campbell

Deixe-me começar, explicando a história de meu impulso  para colocar a metáfora no centro de nossa exploração da espiritualidade ocidental.

Quando o primeiro volume do meu “Historical Atlas of World Mythology: The Way of Animal Powers” foi publicado, os editores me enviaram numa turnê publicitária. É o pior tipo de turnê possível porque você tem de se encontrar, sem a menor vontade, com locutores de rádio e repórteres, eles próprios indispostos a ler o livro sobre o qual devem conversar com o entrevistado, para gerar visibilidade.

A primeira pergunta que faziam era sempre: “O que é um mito?” É um bom começo para uma conversa inteligente. Em uma cidade, porém, entrei em uma estação de rádio para um programa de meia hora, ao vivo, em que o entrevistador era um jovem com ar de astuto e que imediatamente me alertou: “Sou difícil, já vou lhe avisando. Estudei Direito.”

A luz vermelha acendeu e ele começou, argumentativo: “A palavra ‘mito’ significa ‘uma mentira’. Mito é uma mentira.” Repliquei com a minha definição de mito. “Não, mito não é uma mentira. Uma mitologia completa é uma organização de imagens e narrativas simbólicas, metafóricas das possibilidades de experiência humana e da realização de determinada cultura em certo momento.”

“É uma mentira”, ele retrucou.
“É uma metáfora.”
“É uma mentira.”

Isso continuou por uns vinte minutos. Quatro ou cinco minutos antes do fim do programa, percebi que o entrevistador não sabia o que era uma metáfora. Resolvi tratá-lo da mesma maneira como estava sendo tratado.

“Não”, eu disse. “Eu lhe digo o que é metafórico. Dê-me um exemplo de metáfora.”
Ele respondeu: “Dê-me você um exemplo.”

Eu resisti. “Não, agora eu estou fazendo a pergunta.” Eu não tinha lecionado por trinta anos à toa. “E eu quero que você me dê um exemplo de uma metáfora.”

O entrevistador ficou totalmente pasmo e chegou a dizer: “Vamos chamar um professor”. Finalmente, depois de um minuto e meio, ele se recompôs e disse: “Vou tentar. Meu amigo John corre muito. Dizem que ele corre como um veado. Isso é uma metáfora.”

Enquanto se passavam os últimos segundos da entrevista, eu repliquei. “Isso não é uma metáfora. A metáfora seria: John é um veado.”

Ele revidou: “Isso é uma mentira.”

“Não”, eu disse. “Isso é uma metáfora.”

E  o programa terminou. O que esse incidente sugere sobre a nossa compreensão de metáfora?

Ele me fez refletir que metade da população mundial acha que as metáforas de suas tradições religiosas, por exemplo, são fatos. E a outra metade afirma que não são fatos, de forma alguma. O resultado é que temos indivíduos que se consideram fiéis porque aceitam as metáforas como fatos, e outros que se julgam ateus porque acham que as metáforas religiosas são mentiras.
 

Isto é o mais próximo de uma prova de que o Livro Deus, um delirio está errado, que já encontrei. O nome do livro correto seria, na visão de Campbell: Deus, uma metáfora. Admito, considerando o argumento de Campbell, somente a fé cega dos fiéis está errada. Talvez somente a forma com que as coisas são ditas e entendidas, normalmente, quando se fala em religião, é que esteja errada. Mas o fato de Deus ser uma metáfora quer dizer que ele existe ou não????

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Nove Amanhãs - Isaac Asimov

Muitos pensadores influenciaram o surgimento deste blog. Mas o maior de todos foi o grande escritor de Ficção Científica Isaac Asimov. Infelizmente muito da sua visão, que vai além da capacidade de prever os avanços tecnológicos, não é conhecida do grande público de leitores de FC.

Isaac é acima de tudo um humanista e alguém que refletiu a fundo sobre a vida e as formulas prontas que nos são apresentadas como verdades absolutas. Neste ponto, Asimov é também um filosófo. Também, como ele mesmo dizia, sua obra era uma forma de divulgar a ciência.

Assim é emocionante ver uma declaração de carinho e respeito como a encontrada no artigo do Paragráfo.org o qual destacamos pequeno trecho a seguir:

Fiquei boquiaberto quando soube que um homem como ele, com sua clareza de idéias, humildade e sabedoria, era ateu. [...] Fico pensando se o mundo não estaria precisando de mais “ateus” como ele.



Artigo completo:

    Mais sobre Isaac:

      1 Conto completo de Isaac Asimov:


        ...

        A Filosofia atualmente

        A filosofia surgiu aproximadamente setecentos anos antes de Cristo, como uma interpretação da realidade com base na observação e lógica, distanciando-se das interpretações sacras oriundas dos mitos religiosos. A mãe de todas as ciências, a filosofia, que nos remete automaticamente aos grandes pensadores gregos, pode ser considerada a religião moderna e suas implicações não estão somente ligadas ao mundo dos antigos.


         



        Abaixo uma contribuição magnifica para atrair a atenção dos jovens para um dos maiores filósofos de todos os tempos, Platão, e o seu mito da Caverna:


         

        CONTINUE A HISTÓRIA


        ...

        segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

        Orwelliano (comercial da Apple e aprendizagem)

        É incrivel como certas coisas nunca foram percebidas até o dia em que a conhecemos pela primeira vez e desde então, volta e meia, a encontramos novamente. Você nunca tinha visto antes, se estavam lá, se a viu, nem percebeu. Não tive a oportunidade de ler o Hobbit, de JRR Tolkien, mas estes dias abri o livro e li a primeira frase com que ele começa. Foi o suficiente para me deparar com um artigo que começa com esta descrição que você acabou de ler. Assustador!

        Como quando você compra um raríssimo carro da marca tal modelo X, que mal conhecia e agora você descobre que um vizinho do tio também tem, no caminho do trabalho sempre tem um estacionado e volta e meia aparece um no transito.  Mas não era raríssimo?

        O Carro já existia, estava lá, você nunca tinha dado bola até que compra um e agora repara em todos o que aparecem pela frente. As vezes você faz a descoberta do século. Um website onde um genio (Aknator) advinha a personalidade que você pensou. Ai quando vai mostrar aos amigos eles já sabiam faz tempo. Dois dias depois você recebe um e-mail com um link para o site. Ve umas pessoas comentando sobre ele no corredor da faculdade.

        Meu exemplo mais recente é o filme publicitário de lançamento do computador pessoal, o Macintosh, da Apple, que foi vinculado em 1984 durante o intervalo do Super Bowl. Considerado um marco para história da publicidade e que impressiona pelos numeros até hoje. Até recentemente nunca havia tido a oportunidade de conhecer esta história. Agora já me deparo com ela regularmente. O filme é belo (principalmente para um filme que tem a minha idade), é um marco para publicidade e também para o mundo dos computadores.

        Pouca coisa vai mudar na sua vida agora que conhece este marco de criatividade - salvo os publicitários - a não ser o fato de que vai se deparar com ela logo em breve e em outros lugares. Se já conhecia encontrou de novo! Porém existem coisas importantes que nos foram apresentadas, que chegamos a conhecer e esquecemos completamente e que seriam importantes reconhecer. Somente após vivenciar a informação é que ela passara a ser reconhecida quando deparar com algo igual no caminho (comprar um carro é uma vivencia bem maior do que apenas ouvir falar uma descrição dele).

        Fazendo uma pesquisa sobre livros digitais encontrei uma reportagem que criticava a posição da Apple de utilizar o DRM para restringir a utilização de qualquer software que não seja licenciado pela Apple Store, condenando esta atitude, dizendo que é um caminho para um totalitarismo maior que o cenário Orwelliano retratado em sua famosa peça publicitária.

        Orwe.. o que? Bem, talvez já tenha ouvido falar em alguem lugar esta palavra, mas não se lembra. Se aprender seu significado, aprenderá a reconhece-lá em varios textos. Logo ficará admirado de não ouvir falr dela antes! Porém para aprender, eu a estou vivenciando através desta crônica o que realmente significa este adjetivo.

        George Orwell (1903-1950) foi um jornalista e escritor que dentre outros livros tem o clássico Revolução dos Bichos. A história se passa na Granja do Solar, onde o Sr. Jones dono da Granja, explorava os animais para obter lucro e em troca les dava alimento, muitas vezes precário. George Orwell consegue através de sua alegoria mostrar como surgem e funcionam os sistemas totalitários devido as traços de personalidade humanos.

        O Orwell captou muito cedo e demonstrou de forma muito elegante suas idéias sobre a manipulação da palavra feita por governos, dando origem ao adjetivo Orwellismo. conforme trecho da Biblioteca Folha:

        Usa-se "orwelliano" como adjetivo pejorativo, para evocar o terror totalitário, a falsificação da história por meio da mentira organizada pelos Estados e, de modo mais licencioso, qualquer exemplo desagradável de repressão ou manipulação. Como substantivo, utiliza-se para denominar um admirador ou seguidor consciente de sua obra. Ocasionalmente se emprega como adjetivo elogioso, significando algo como "que exibe franca honestidade intelectual, como Orwell".


        Se nem todos vão conhecer a fundo as obras de Orwell, como recomenda-se tanto pela importância histórica como pela capacidade de fazer literatura onde a política e a arte se misturam, que ao menos estejamos atentos ao significado altamente pejorativo que chama a atenção quando, em homenagem ao escritor, emprestamos seu sobrenome a algo.

        Para ajudar a sua vivencia e interiorização, para que reconheça os "Orwelianos" que ainda vão aparecer na sua vida, veja o filme do famoso comercial, uma alegoria que exemplifica, e pode ser mais marcante que apenas ouvir dizer algo sobre totalitarismo:




        Fontes:

        1984 (comercial)
        Apple Ipad
        Biblioteca Folha

        sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

        O Sábio e o Tolo


        Algumas pesquisas científicas apontaram que ter uma espiritualidade forte, é uma das características comuns das pessoas bem sucedidas e felizes. Qualquer uma, nenhuma em especifico, mas algum tipo de espiritualidade.

        A meditação também já foi analisada cientificamente, e os resultados demonstram que ela traz diversos benefícios para o corpo e principalmente para a mente. Do ponto de vista psicológico, a felicidade se torna bem mais viável, quando se tem uma visão espiritual para esclarecer algumas das dúvidas, que mesmo não sendo filósofos, todos nos fazemos sempre. Os grandes enigmas da nossa existência são mais bem assimilados com as respostas que uma religião pode nos apresentar.

        Diz-se que o enquanto o sábio (por saber levar a vida e domar seus impulsos) carrega o mundo na palma da mão, o tolo carrega todo o seu peso nas costas. Este pensamento começa a se desenvolver, quando trazemos as palavras para o nosso cotidiano, para nossa experiência direta.

        Eu fui durante muito tempo escravo de um vício que ainda bate a minha porta. A nicotina. Quando dava meus primeiros passos a caminho deste vicio, nunca nem tinha ouvido falar de tal substancia. Mal sabia eu, mas estava iniciando uma relação que já perdurou 10 anos. Substitui recentemente o “dispositivo de liberação de nicotina” tradicional, pelos famosos adesivos, e foi somente assim que descobri que realmente existia um vicio químico muito grande comigo. E eu nem sabia. Não era o prazer que me levou a este hábito de anos, foi sim a dependência química. É incrível comprovar isto.

        Agora, entendendo o que ocorria comigo, além da satisfação em vencer está dependência, estou intrigado como o fato de como existem coisas que influenciam nossa vida sem nós nos apercebermos. Comandamos pouco em nossa vida, assim, como poeticamente diz o Enigma de Jade. Isto talvez seja a maior prova de que nossa consciência seja passageira, talvez com o único intuito de servir a evolução dos complexos organismos vivos, que são apenas uma parte temporária de uma mais complexa comunidade, a vida!

        Se o relegoeiro é realmente cego, não estava previsto a existência da consciência. O que não nos impede de uma vez tendo-a, fazer um belo uso da mesma. Quanto maior o poder, maior a responsabilidade. Assim, estamos aqui fazendo um excelente trabalho (para um punhado de moléculas sem objetivo maior, a não ser aumentar em complexidade, ta bom!). Criamos um universo paralelo, ou vários deles, dentro de nossas mentes. O mundo real é apenas o palco para nossa imaginação, onde existem vários universos, deuses, planetas, amores, guerras e tudo o mais que o homem criou a partir da matéria prima que dispunha. Modificamos a cara do planeta (e ainda lançamos nossos brinquedos ao espaço). Criamos objetos menos complexos que um ser vivo talvez, mas não menos úteis para nós. Criamos as palavras, demos nome a todas as coisas, depois criamos coisas novas, e demos nomes a elas. Tudo isto será apenas uma cagada cósmica??????

        Provavelmente sim. Mas e daí? Diminiu o prazer que é viver????

        Aconteceram alguns desastres neste fim de ano no Brasil, que nos deixam em xeque. O motivo de terem acontecido, ninguém sabe? (Ou talvez todos sabemos, a natureza é friamente indiferente a nós!) Mas e os que ficaram, o que vão fazer? O que vamos fazer? Viver é uma dádiva, talvez não divina, mas ainda assim é uma dádiva. Existem pessoas que aproveitam melhor esta dádiva, às vezes até, pensando que são parte de algo maior do que a sua própria existência aqui neste mundo. Outras nem se preocupam muito, mas vivem uma vida como se fosse à única e amam viver assim. E o mais legal de tudo é que....

        “Se você pensa que pode ou que não pode, de qualquer forma você está certo”
                                                                   Henry Ford

        segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

        JESUS VS. PAPAI NOEL

        Este é um texto, que muitos receberam em suas caixas de entrada neste final de ano. É um apelo para revermos o verdadeiro sentido da comemoração do Natal:

        "Papai Noel mora no Pólo Norte.
         Jesus está em todos os lugares.
         Papai Noel só aparece uma vez por ano.
         Jesus é sempre presente.
         Você tem que esperar na fila para ver Papai Noel.
         Jesus está tão perto que basta mencionar o Seu nome.
         Papai Noel não sabe o seu nome, tudo o que ele diz é: Olá garotinha, olá
         garotinho, como é seu nome?
         Jesus sabia o nosso nome antes mesmo de nascermos, Ele sabe o nosso nome,
         nosso endereço, nossa história, nosso futuro e também quantos fios de
         cabelo temos.
         Papai Noel tem uma pança cheia de bala.
         Jesus tem um coração cheio de amor.
         Tudo o que Papai Noel sabe dizer é: HO! HO! HO!
         Jesus diz: "Lançai sobre mim toda a vossa ansiedade, pois Eu cuido de vós".
         Os ajudantes do Papai Noel fazem brinquedos.
         Jesus faz vida nova, restaura corações, lares destruídos e constrói
         mansões.
         Papai Noel pode até lhe fazer rir.
         Mas Jesus lhe dá alegria que é a sua força.
         Enquanto Papai Noel coloca alguns presentes debaixo da árvore.
         Jesus se tornou nosso presente e morreu no madeiro.
         Precisamos colocar Jesus de volta ao centro da festa de Natal.
         Obviamente que não há comparação, mesmo se Papai Noel existisse.
         Jesus ainda é a razão de toda nossa celebração."

         Anônimo

        P.S.  Preste atenção na penúltima frase!

        Não é de se estranhar que seja de um autor anônimo.