Um dia me questionaram como eu posso afirmar que Deus não existe. Provavelmente se referindo a algum Deus específico, mas mesmo que seja um conceito genérico de um Deus qualquer, eu perguntei:
- Como você pode exigir que eu creia em algo que você crê por fé?
Mas e a beleza do mundo?
Não posso explicar coisas bem mais objetivas, como o porquê existe algo, quando podeira existir algo diferente ou nem mesmo não existir nada em seu lugar. Por exemplo o universo.
Então como explicar algo subjetivo como a beleza?
A beleza é um conceito da sua mente. Sua mente é uma abstração subproduto da evolução. A evolução é um subproduto da interação química dos diversos átomos. Os átomos são a manifestação de uma energia que existe e movimenta o universo, sendo essa energia, em última análise, o próprio universo.
De onde vem essa energia?
Alguns podem dizer ser de um Deus. Eu não me contento com uma explicação mais complexa que a própria questão inicial. Se a resposta está distante do conhecimento da humanidade atualmente, está ainda mais do entendimento de nossos antepassados. É romântico e reconfortante pensar que os antigos tinham uma percepção mais refinada do místico, e de uma forma não racional eles encontraram respostas que explicam melhor o universo que a visão científica moderna.
Mas a verdade é que não sabemos e por uma questão de honestidade intelectual não me resta outra alternativa a não ser racionalmente agnóstico e para efeitos práticos ateu!
Como li recentemente, é incrível que pessoas levam a sério mitos sofisticados mas baseados nas superstições oriundas de pastores analfabetos que viveram a dois mil anos atrás.
