sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Crer ou não Crer, eis a questão


Como alega o Sacerdote Católico Romano, Hans Kung, em seu livro "O Princípio de Todas as Coisas" (leia o artigo aqui), talvez os ciêntistas não possam argumentar sobre a coisas da metafísica. Claro que a ciência tem um papel importante para desmistificação de muitos charlatões que se dizem fontes de curas ou que prometem riqueza, amor, etc... Ainda assim no que tange a religiosidade de algumas pessoas, ao menos para elas, quando a ciência demonstra que sua crença (provavelmente) está equivocada, é normal estas pessoas afirmarem que, por exemplo, Deus, está acima da compreesão humana (!) e que não cabe a ciência explicar Deus.


Pois bem, existem outros, que acreditam que a ciência está, com suas descobertas, comprovando a existencia de um Deus. Apesar de que as vezes, estas descobertas, desmascaram algumas crenças (como exemplo a crença na descrição literal da criação do universo contida na Biblia), elas também comprovaria que existe um Deus que criou o universo, e que seria, este Deus, a causa última de todas as coisas (tanto na direção do princípio, como na direção do final).

Neste sentido, encontramos um artigo muito interessante, apesar de massivamente grande, sobre o argumento cosmológico do filósofo cristão Dr. William Lane Craig, no blog Apologia, como sendo uma possível prova da existência de Deus (parece que Graig alega que é uma prova - não uma possível prova). Duas conclusões são possíves de se tirar desta iniciativa:

Em primero, este tipo de raciocínio, demonstra que atualmente até mesmo os mais crentes as vezes se rendem a beleza da razão, para justificar suas crenças, o que deve ser um avanço (já que mesmo não querendo, ajudam a despertar o interesse de pessoas para as descobertas ciêntificas, o que antes era  desencorajado pelas igrejas). Em segundo,  para os que acreditam em algo superior, esta atitude, traz um pouco de conforto. Estas pessoas que não conseguem mais ouvir os discursos dos pregradores médios e se fingir de cego, contra todo o conhecimento atual, para não ver o charlatonismo destas pregações, mas ainda assim escolheram "crer", apreciam estes argumentos que justificam sua fé.

Porém apesar destes pontos positivos, parece ser mais sábio as palavras do Sr. Hans Kung e sua visão de que a ciência não deve discursar contra a existência de todo o metafísico, já que o que é metafísico não estaria (ainda) acessível a ciência. Melhor este pensamento do que o argumento, do comico Sr. Graig, que tenta dar o carimbo de credibilidade científica aos seus argumentos que "demonstram" a existência de Deus.

Este Deus das lacunas é o pior de todos os Deuses. Mesmo que estejamos caminhando para uma verdadeira compreensão de algo que seja "divino", dar como justificativa as lacunas dos conhecimentos fisícos, para a fé em antigas crenças é o mais deplorável dos atos dos que se declaram serem inteligentes. Assim, melhor escapar ao debate direto, supondo que o metafísico seja algo íntimo de cada um de nós, e por isto deva ser respeitado. Se a ciência não pode julgar a metafísica, a metafísica não deve se aproveitar dos novos conhecimentos para tentar provar sua validade.


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