terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Lato sensu

Quando olhamos as estrelas no céu, podemos ver seu brilho, mas não podemos sentir seu calor.

Quando olhamos para o horizonte, podemos ver o céu se esconder atrás das montanhas.

Assim são os sonhos. Belos, mas incompletos e malucos.

Mas se caminharmos até os pés das montanhas?

E se uma estrela noturna se aproximar de nós?

Aos pés da montanha, o próprio céu desapareceria, mas a montanha deixaria de ser um adorno no horizonte, fazendo com que a terra se elevasse acima de nossas cabeças.

E se a mais singela estrela da noite se aproximar de nós, arderia em nossa pele seu calor radiante. Mas olhar para ela, cegaria nossos olhos.

Assim é a paixão. Quando nosso mundo está de cabeça para baixo, tudo fica mais quente e não enxergamos mais nada.

Mas quem subir a montanha, verá novamente o horizonte, agora infinito para todas as direções, e o céu o preencherá e nunca mais irá se esconder.

E quem desviar o olhar da estrela que se avizinhou de repente verá que a noite virou dia, e tudo está iluminado.

Assim é o amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário